A RAMA (Rede Agroecológica de Mulheres Agricultoras da Barra do Turvo) é formada por onze grupos de agricultoras familiares e quilombolas da cidade da Barra do Turvo, região do Vale do Ribeira, estado de São Paulo. São cerca de 80 mulheres que praticam a agricultura agroecológica: sem veneno, buscando melhorar técnicas de manejo do solo com matéria orgânica, garantindo a qualidade da água, aumentando a diversidade de plantas, experimentando, observando e aprendendo. Alguns produtos RAMA: banana, abacate, açafrão, mamão, limão, cacau, açaí juçara, palmito pupunha, milho, mandioca, inhame, hortaliças, temperos, geleias, fitoterápicos, queijos (vaca e búfala), pães, bolos, arroz, feijão, açúcar mascavo, chips (banana, mandioca, inhame), cestaria.

Desde 2015, a RAMA participa de atividades de formação feminista e agroecológica como a Marcha Mundial das Mulheres e o Grupo de Trabalho (GT) de Mulheres da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA). Também participam das manifestações do Dia Internacional de Luta das Mulheres e da Marcha das Margaridas. A RAMA e seus apoiadores refletem sobre a importância da produção e do trabalho das mulheres para o sustento das famílias e das comunidades, seja para o autoconsumo, doação, troca ou venda.

A RAMA organiza-se de forma horizontal, evitando hierarquias, concentração do poder e qualquer forma de discriminações e desigualdades. O intuito principal de estar na RAMA não é comercializar os produtos, mas estar inserida em uma rede de mulheres que se apoiam e juntas lutam por melhorias em suas comunidades e por uma vida sem violência.

Todas as operações são mantidas, geridas e organizadas em coletivo, incluindo a comunicação e redes sociais. Além de facilitar a identidade da Rede como um grupo coeso, a identidade RAMA deu às agricultoras mais oportunidades de disseminar seus princípios e facilitar a comercialização de seus produtos.